o Dia 24 de Setembro, simboliza a data da independência da Guiné-Bissau (ex-Guiné Portuguesa). Nesta data, o país vai completar os 37 anos de sua autonomia, depois de ter sofrido mais de 520 anos de colonização (de 1446 a 1973) nas mãos dos portugueses.
Mas eu me pergunto o que este país tem feito durante esse tempo todo? as respostas são inúmeras, semelhantes, e muita das vezes chocantes e vergonhosas. E a única certeza que eu tenho, é que nada modou para melhor durante as últimas três décadas e meio, a não ser sobressaltos, golpes de Estado, instabilidade política e decadência da situação econômica, agravando déficit na educação, na saúde e na sociedade.
Somos testemunhas de recentes acontecimentos na Guiné-Bissau, mas não vale a pena falar delas agora. O que eu estou querendo neste momento, é lembrar os governantes da Guiné-Bissau que o nosso país não pode continuar andando de jeito que está, pois o mundo está cada vez mais preucupado com o desenvolvimento sustentável e inovação tecnológica para conceder melhores condições de vida aos seus habitantes, não o mergulho nas trevas e desespero.
Eu acredito muito na capacidade intelectual do povo Guineense, um povo inteligente, corajoso, humilde e dedicado, mas que ainda falta condições financeiras, materiais, recursos humanos e know how, para poder colocar na prática o que aquele país merece. Também a falta de estímulo, a ignorância dos governantes e ditadura dos militares fazem com que o país não desenvolva, e nem crie condições para que os seus filhos possam ajudar no processo de desenvolvimento.
Portanto, nós Guineenses, filhos, amigos e pessoas que gostam da Guiné-Bissau, por favor vamos fazer a nossa parte de forma direta ou indireta, para que o país saia da situação que se encontra.
Agradeço de fundo de coração, o Brasil, o Portugal e todas as organizações internacionais e parceiros da Guiné-Bissau que estão trabalhando cada dia para ajudar na reconstrução do país, na estabilidade política e socioeconômica. Eu amo o meu país assim como milhões de pessoas a amam, e tenho certeza que a Guiné-Bissau vai conseguir alcançar os objetivos positivos e romper todas as barreiras contra o subdesenvolvimento.
Me sinto orgulhoso de ser Guinenese, e desejo trabalhar para minha pátria junto à comunidade internacional a fim de conseguir possiveis caminhos para o desenvolvimento da nação guineense como um todo.
Viva a República da Guiné-Bissau, e um abraço fraterno para todos os seus filhos, que Deus nos ajude nessa caminhada.
Mamudo Djanté
Não sou crítico nem pessimista, apenas exponho os meus ideais sobre a realidade das coisas. "O homem cria sua realidade a partir do pensamento e da palavra, e o conhecimento de si mesmo é a sua meta suprema pois sua potencialidade é quase infinita".
terça-feira, 21 de setembro de 2010
quinta-feira, 12 de agosto de 2010
Sonho - Dream
Sonho
Todo mundo tem um sonho, um sonho brilhante de se realizar na vida, de tornar uma pessoa respeitada e admirada por todos, de conquistar grandes coisas e satisfazer os desejos.
Mas muita das vezes, estes sonhos não se tornam realidade, e a obsessão pela concretização levam muitas pessoas a desilusão ou a frustração intensa. Na verdade, nunca as coisas acontecem exatamente da maneira que planejamos, (pois o desejo de Deus "todo poderoso" é que faz as coisas acontecerem) e a virtude é a parte essencial numa conquista, não importa as condições.
Sonhar não é proibido, e nem pode ser contestado por outrem. O problema é que tudo acontece no seu exato momento, conforme deveria ser, por isso, quando chegar a hora de acontecer algo, ninguém consegue impedir. É bom sonhar alto e pensar em coisas boas, planejar o futuro e fazer previsões imaginárias. Mas para isto, será preciso muita dedicação e ação, isso porque nem tudo o que é difícil para um será difícil para outro, nem o que foi fácil por fulano tal também será fácil para nós. A vida está composta de coisas inexplicáveis, tão complicados, tão imprevisíveis e tão diferentes.
Sinta-se orgulhosa/o pela vida que você está tendo, pois a lamentação ou a crítica às coisas mundanas não alterarão as ordens. Meus amigos e minhas amigas, hoje devemos dar graças a Deus pela esta vida, e pela todas as coisas que já conquistamos até agora. Seu sonho pode não ter sido realizado ou nem realizará à curto prazo, mas tenha certeza que irá concretizar quando chegar a hora certa.
Tem muita gente no mundo que têm sonhos de um dia poderem Falar para outros escutarem (mudos); de poderem Ouvir tudo o que for preciso (surdos); de poderem Ver as maravilhas deste mundo (segos); de poderem Andar avontade e fazer suas coisas sozinhas no meio da nossa sociedade (paraliticos); de poderem Ter saúde para trabalhar e ajudar outros (doentes); de Serem livres de prisão, de maltrato e da pobreza extrema.
Portanto o que temos hoje não é muito, mas também não é pouco, porém temos que valorizá-las. Com isso, vamos sonhando acompanhado de boas ações e intenções, finalmente iremos de conseguir transformar os nossos sonhos em realidade. Cada um de seu jeito.
Quem não sonha não pensa no futuro, e quem deixa de sonhar por não alcançar seus objetivos, também poderá sonhar quando quiser.
É bom respeitar limite de cada um e ajudar a quem precisa, pois não tem dinheiro no mundo que pague a felicidade de uma pessoa que sonho for realizado.
Mamudo Djanté
mamudodjante.blogspot.com
Todo mundo tem um sonho, um sonho brilhante de se realizar na vida, de tornar uma pessoa respeitada e admirada por todos, de conquistar grandes coisas e satisfazer os desejos.
Mas muita das vezes, estes sonhos não se tornam realidade, e a obsessão pela concretização levam muitas pessoas a desilusão ou a frustração intensa. Na verdade, nunca as coisas acontecem exatamente da maneira que planejamos, (pois o desejo de Deus "todo poderoso" é que faz as coisas acontecerem) e a virtude é a parte essencial numa conquista, não importa as condições.
Sonhar não é proibido, e nem pode ser contestado por outrem. O problema é que tudo acontece no seu exato momento, conforme deveria ser, por isso, quando chegar a hora de acontecer algo, ninguém consegue impedir. É bom sonhar alto e pensar em coisas boas, planejar o futuro e fazer previsões imaginárias. Mas para isto, será preciso muita dedicação e ação, isso porque nem tudo o que é difícil para um será difícil para outro, nem o que foi fácil por fulano tal também será fácil para nós. A vida está composta de coisas inexplicáveis, tão complicados, tão imprevisíveis e tão diferentes.
Sinta-se orgulhosa/o pela vida que você está tendo, pois a lamentação ou a crítica às coisas mundanas não alterarão as ordens. Meus amigos e minhas amigas, hoje devemos dar graças a Deus pela esta vida, e pela todas as coisas que já conquistamos até agora. Seu sonho pode não ter sido realizado ou nem realizará à curto prazo, mas tenha certeza que irá concretizar quando chegar a hora certa.
Tem muita gente no mundo que têm sonhos de um dia poderem Falar para outros escutarem (mudos); de poderem Ouvir tudo o que for preciso (surdos); de poderem Ver as maravilhas deste mundo (segos); de poderem Andar avontade e fazer suas coisas sozinhas no meio da nossa sociedade (paraliticos); de poderem Ter saúde para trabalhar e ajudar outros (doentes); de Serem livres de prisão, de maltrato e da pobreza extrema.
Portanto o que temos hoje não é muito, mas também não é pouco, porém temos que valorizá-las. Com isso, vamos sonhando acompanhado de boas ações e intenções, finalmente iremos de conseguir transformar os nossos sonhos em realidade. Cada um de seu jeito.
Quem não sonha não pensa no futuro, e quem deixa de sonhar por não alcançar seus objetivos, também poderá sonhar quando quiser.
É bom respeitar limite de cada um e ajudar a quem precisa, pois não tem dinheiro no mundo que pague a felicidade de uma pessoa que sonho for realizado.
Mamudo Djanté
mamudodjante.blogspot.com
sábado, 24 de julho de 2010
Etelka, 24/07/2008
Saudades Eterno, minha prima e irmã.
"Guarda estes versos que escrevi chorando como um alívio a minha saudade, como um dever do meu amor; e quando houver em ti um eco de saudade, beija estes versos que escrevi chorando". (Machado de Assis)
Etelka Antonita Djalo Sani
24 de Julho é a data que marca a profunda tristeza a todos os estudantes Guineenses no Brasil. No dia 24 de julho de 2008, Guiné-Bissau perdeu mais um futuro quadro que se preparava para ajudar o país no seu processo de desenvolvimento, mas, a dor e a tristeza não afetou somente a família e amigos, também conhecidos e todos aqueles que relacionaram de forma direta ou indiretamente com a Etelka.
Eu particularmente, nunca vou me esquecer da minha querida prima/irmã, que sempre me deixa enormes saudades cada vez que penso nela, ou cada vez que aproxima esta data.
Embora não consigo descrever tudo sobre quem era Etelka, mas gostaria de lembrar que a Etelka era uma menina que tinha coração de uma mãe protetora, que procurava proteger e ajudar todos que viviam em volta dela. Ela era uma pessoa extrovertida, solidária, amável, companheira e, sobretudo, alegre, honesta, sincera e estudiosa.
Uma pessoa de caráter firme e de sentimento humanista, muito dedicada aos estudos, cheio de vontade de viver e de ajudar pessoas, aos 26 anos de idade e menos de 26 dias para sua formatura em Ciências Contábeis, pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ, faleceu mais que um sonho e promessa de um nação. Menina alegre, que contagiava todos com seu sorriso brilhante, dividia a maioria de seu tempo entre estudo de matemática, literatura, e criar projetos, além de ser “perita em Tecnologia de Informação”, assim como alguns amigos a definia.
Etelka era conhecida por quase todos os Estudantes africanos no Brasil pela sua inteligência, generosidade e humildade.
É muito pena ver um jovem de vinte e poucos anos morrer precocemente, principalmente longe da família e num país bem longe de sua casa. Como qualquer estudante num país estrangeiro bastava os obstáculos, a descriminação, a saudade de estar longe dos pais, as dificuldades de viver e enfrentar uma vida bem diferente da sua em várias situações e esforços para romper barreiras, mas não os seus familiares receberem o seu restos mortais, em vez de sua diploma pelo menos, com orgulho de um filho que cumpriu sua missão, mesmo que não trouxesse nada material pra casa.
A vida me ensinou ser leal para com as pessoas e ser objetivo nas minhas concepções, apesar de tudo isto, a Etelka foi uma das pessoas que contribuíram muito na minha vinda ao Brasil e dividir em comum todos os momentos e luta pela continuação do meu estudo.
Hoje, mesmo estar longe, creio e sinto que ela está sempre ao meu lado me dando força e coragem, também rezo todos os dias para que Deus a conceda glória e uma vida confortável nos céus.
Etelka não sabia o que era fazer mal a alguém ou negar prestar auxílio a quem precisa, sabendo das dificuldades que muitos estudantes passam, Etelka servia como mãe e pai de muitos estudantes guineenses. Todos nós sabemos o quanto amor ela tinha para com as pessoas, por isso até hoje choro pela perda da Etelka, e sei que muitos também choram, mas quando eu lembrar dos sonhos que ela tinha, isso me dá força e vontade de viver e de ajudar a todos que precisam, sem importar de sua origem, raça, crédulo ou posição.
Desculpem-me, mas não consigo descrever todas as características e qualidades da Etelka, nem consigo escrever tudo que eu sinto sobre a ausência dela, por isso escrevo este pequeno artigo para lembrar mais um ano sem a Etelka entre nós. Mas que continuará vivendo eternamente em nossos corações até o infinito.
A paz e a glória para ti, minha querida, você é sempre lembrado a todos os minutos na minha vida.
Mamudo Djanté, Etelka você mora no meu coração para sempre.
"Guarda estes versos que escrevi chorando como um alívio a minha saudade, como um dever do meu amor; e quando houver em ti um eco de saudade, beija estes versos que escrevi chorando". (Machado de Assis)
Etelka Antonita Djalo Sani
24 de Julho é a data que marca a profunda tristeza a todos os estudantes Guineenses no Brasil. No dia 24 de julho de 2008, Guiné-Bissau perdeu mais um futuro quadro que se preparava para ajudar o país no seu processo de desenvolvimento, mas, a dor e a tristeza não afetou somente a família e amigos, também conhecidos e todos aqueles que relacionaram de forma direta ou indiretamente com a Etelka.
Eu particularmente, nunca vou me esquecer da minha querida prima/irmã, que sempre me deixa enormes saudades cada vez que penso nela, ou cada vez que aproxima esta data.
Embora não consigo descrever tudo sobre quem era Etelka, mas gostaria de lembrar que a Etelka era uma menina que tinha coração de uma mãe protetora, que procurava proteger e ajudar todos que viviam em volta dela. Ela era uma pessoa extrovertida, solidária, amável, companheira e, sobretudo, alegre, honesta, sincera e estudiosa.
Uma pessoa de caráter firme e de sentimento humanista, muito dedicada aos estudos, cheio de vontade de viver e de ajudar pessoas, aos 26 anos de idade e menos de 26 dias para sua formatura em Ciências Contábeis, pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ, faleceu mais que um sonho e promessa de um nação. Menina alegre, que contagiava todos com seu sorriso brilhante, dividia a maioria de seu tempo entre estudo de matemática, literatura, e criar projetos, além de ser “perita em Tecnologia de Informação”, assim como alguns amigos a definia.
Etelka era conhecida por quase todos os Estudantes africanos no Brasil pela sua inteligência, generosidade e humildade.
É muito pena ver um jovem de vinte e poucos anos morrer precocemente, principalmente longe da família e num país bem longe de sua casa. Como qualquer estudante num país estrangeiro bastava os obstáculos, a descriminação, a saudade de estar longe dos pais, as dificuldades de viver e enfrentar uma vida bem diferente da sua em várias situações e esforços para romper barreiras, mas não os seus familiares receberem o seu restos mortais, em vez de sua diploma pelo menos, com orgulho de um filho que cumpriu sua missão, mesmo que não trouxesse nada material pra casa.
A vida me ensinou ser leal para com as pessoas e ser objetivo nas minhas concepções, apesar de tudo isto, a Etelka foi uma das pessoas que contribuíram muito na minha vinda ao Brasil e dividir em comum todos os momentos e luta pela continuação do meu estudo.
Hoje, mesmo estar longe, creio e sinto que ela está sempre ao meu lado me dando força e coragem, também rezo todos os dias para que Deus a conceda glória e uma vida confortável nos céus.
Etelka não sabia o que era fazer mal a alguém ou negar prestar auxílio a quem precisa, sabendo das dificuldades que muitos estudantes passam, Etelka servia como mãe e pai de muitos estudantes guineenses. Todos nós sabemos o quanto amor ela tinha para com as pessoas, por isso até hoje choro pela perda da Etelka, e sei que muitos também choram, mas quando eu lembrar dos sonhos que ela tinha, isso me dá força e vontade de viver e de ajudar a todos que precisam, sem importar de sua origem, raça, crédulo ou posição.
Desculpem-me, mas não consigo descrever todas as características e qualidades da Etelka, nem consigo escrever tudo que eu sinto sobre a ausência dela, por isso escrevo este pequeno artigo para lembrar mais um ano sem a Etelka entre nós. Mas que continuará vivendo eternamente em nossos corações até o infinito.
A paz e a glória para ti, minha querida, você é sempre lembrado a todos os minutos na minha vida.
Mamudo Djanté, Etelka você mora no meu coração para sempre.
sexta-feira, 2 de julho de 2010
Copa do Mundo 2010 - África do Sul
A Copa do Mundo de 2010 na África do Sul não serve somente, como mais um evento esportivo mundial, mas, sim, como um evento de diversas ações como um todo. Onde abre possibilidades não só para os africanos mostrarem o que têm de bom, assim como abrir novos horizontes e novas formas de pensar a África e direitos humanos.
Vimos que o tema para a comemoração do dia da África (25 de Maio), pela União Africana, é "promover a paz através do esporte" , isso significa que o continente não está apenas preucupada com os pequenos conflitos, mas sim, com todos os desafios do milênio estabelicida pela UNO. A solideriedade, união e intuito de trabalhar para o bem-estar do povo africano, fizeram com que os governantes africanos recomeçarem a repensar sobre novos desafios do desenvolvimento e da competitividade.
Essa Copa do Mundo na África do Sul está mostrando cada vez mais a união entre os brancos e negros da África do Sul, o repúdio de Apartheid (segregação racial) e todas as formas do preconceito e do racismo. Isso quer dizer que nós como seres humanos, temos que viver mesmo que não seja em total harmonia, mas que seja na base da união e respeito pelas diferenças, pelo direitos humanos e enfim, pela Liberdade, Igualdade, fraternidade, amizade e solideriedade.
Precisamos construir um mundo sem violência, sem descriminação racial, sem preconceito humana, sem guerras, sem fome, sem desigualdade em larga escala, sem doenças e destruição do meio ambiente. E sim um mundo de harmonia, amizade e onde não exista o egoísmo e ódio.
Espero que esta Copa traga lições para outros países da África, em benefício do continento, poderem realizar varios outros atividades que promovem a paz e a estabilidade entre as nações. Podendo assim, estabelecer laços de amizade entre os povos, a globalização no comércio internacional, a luta pelo desenvolvimento da África, a erradicação da pobreza e do subdesenvolvimento.
As minhas esperanças me dizem que um dia, os homens vão perceber que não existe superior ou inferior, rival ou inimigo entre os filhos da mesma nação. Ainda os governantes africanos vão perceber que fazer bem ao povo, não significa matar a si mesmo. Então, está na hora de valorizar o temos e modernizá-los para podermos atender as demandas do futuro.
A Copa do Mundo na África do sul seria mais um novo passo para que nós africanos possamos enxergar amplamente sobre a importância da união dos nossos povos, e valor de contruir a dignidade humana com armas que promovem o desenvolvimento socioeconomica e não ódio, nepotismo, ditadura, segregação, genocídio e guerras.
Mamudo Djanté
segunda-feira, 24 de maio de 2010
Dia da África
O 25 de Maio é comemorado em todo mundo como o dia da África e da união de todos os países africanos. E o tema escolhido pela União Africana para sua celebração deste ano é: “Promover a Paz através do Desporto” (devido à copa do mundo na Africa do Sul, a África pode mostrar um pouco o que tem de melhor para o mundo).
Portanto, gostaria de falar um pouco sobre o que é União Africana? como funciona? e como surgiu?.
A África é o berço da humanidade, foi onde nasceram as primeiras civilizações, tecnologias e formação de cidade-estado. Mas ao mesmo tempo, a áfrica é um continente dominado , colonizado, escravizado, explorado e desprezado.
Gente!! a áfrica não é um país só, nem uma região só, mas sim um continente com 55 países. E é continente que mais tem número de países no mundo, é o segundo continente mais populoso e terceiro maior em território. um continente com muita riqueza humana, natural, mineral e etc. Com uma variada diversidade cultural e lingüística. Infelizmente ainda tem países africanos que estão vivendo nas ondas profundas do subdesenvolvimento, da extrema pobreza, das guerras, das doenças e problemas sociais.
Também a África não pode ser visto como um continente das guerras, das doenças, da fome e da pobreza, pois a áfrica tem muito mais de valioso do que a gente pode imaginar, uma riqueza incalculável em todos os aspectos.
Gente!! a áfrica não é um país só, nem uma região só, mas sim um continente com 55 países. E é continente que mais tem número de países no mundo, é o segundo continente mais populoso e terceiro maior em território. um continente com muita riqueza humana, natural, mineral e etc. Com uma variada diversidade cultural e lingüística. Infelizmente ainda tem países africanos que estão vivendo nas ondas profundas do subdesenvolvimento, da extrema pobreza, das guerras, das doenças e problemas sociais.
Também a África não pode ser visto como um continente das guerras, das doenças, da fome e da pobreza, pois a áfrica tem muito mais de valioso do que a gente pode imaginar, uma riqueza incalculável em todos os aspectos.
Então, seria incorreto falar da União Africana sem referir-se aos principais acontecimentos/ instituições que a antecedeu: o Pan-Africanismo, a Conferência de Bandung e a Organização de Unidade Africana (OUA).
1 - Desde a escravatura, em toda fase histórica do povo africano, e durante o colonialismo, o povo africano só se podia exprimir sob a forma de revolta. Então o surgimento do pan-africanismo nos finais do século XIX, como um movimento político e social que promovia a união de todos os povos de africanos, tanto na África como na diáspora. Como forma de unir e reagrupar as diferentes etnias, divididas pelas imposições dos colonizadores, defender a ampliação do uso das línguas e dialetos africanos proibidos pelos europeus e potenciar a voz do continente no contexto internacional.
As teorias pan-africanistas foram desenvolvidas principalmente pelos africanos e descendentes de africanos escravizados na diáspora americana e europeia, como Henry Sylvester Williams, William du Bois, Robert Sobukwe, Marcus Mosiah Garvey, Jomo Kenyatta, Kwame Nkrumah, Amílcar Cabral, Patrice Lumumba, entre outros. Já no quinto Congresso Pan-Africano organizado por Kwame N’krumah em 1945 em Manchester – Inglaterra, foi propositadas reivindicações para uma independência imediata, completa e absoluta dos povos de territórios colonizados através da ação direta, de resistência não violenta.
2 - Promovido pelos asiáticos em abril de 1955 na Indonésia, a “Conferência de Bandung” foi à primeira conferência afro-asiática, reunindo 29 países africanos e asiáticos e 36 convidados. Tornou-se um marco para o processo de descolonização, e teve significação histórica tão grande quanto à das Nações Unidas, em São Francisco, pois representou quase 60% da população mundial. Dois anos depois desta conferência (em 03/1957), Gana se tornou o primeiro país africano a tomar sua independência pacificamente, assim como outros posteriormente. Mas, alguns países só tornaram independentes através da luta armada.
Em 1960, foi aprovada, por Resolução da XV Assembléia Geral da ONU, a Declaração de Garantia de Independência dos Países Coloniais, reafirmando o princípio de autodeterminação dos povos e da liberdade de estatuto político, livre desenvolvimento econômico, social e cultural. Assim começou a onda de descolonização na áfrica e deu condições aos novos Estados africanos de pensarem na promoção de instituições capazes de possibilitar o desenvolvimento econômico, promover a modernização e a assegurar a liberdade política em meio ao exacerbado sentimento nacionalista que compõe o mosaico étnico africano.
Portanto, com as iniciativas de Kwame N’krumah, Amilcar Cabral, Leopold S. Senghor, Abdul Nasser, Seku Touré, Agostinho Neto, Samora Moises Micheal e outros com a iniciativa do Imperador etíope Haile Selassie, foi criada no dia 25 de Maio de 1963 a Organização da Unidade Africana (OUA) em Addis Abeba, Etiópia, por representantes de 32 governos de países já independentes. Já nos finais de anos 70 todos os países africanos tomaram suas independências menos Saara Ocidental e Somalilândia, que até hoje não são reconhecidos como independentes. (Etiópia foi o único país africano que não foi colonizado).
A Organização da Unidade Africana (OUA) foi criado com os objetivos de promover a união, cooperação e solidariedade entre os países e defender a soberania, integridade territorial e independência dos estados africanos; erradicar todas as formas de colonialismo da África; promover a cooperação internacional, respeitando a Carta das Nações Unidas e a Declaração Universal dos Direitos Humanos; coordenar as políticas dos estados membros nas esferas política, diplomática, econômica, educacional, cultural, da saúde, de defesa, ciência e tecnologia. Mas durante quase 40 anos de sua existência, a OUA não conseguiu evitar os inúmeros conflitos que assolaram o continente, nem promover de forma efetiva o seu desenvolvimento. Uma das razões poderia ser o caráter consensual da organização, que nunca puniu os responsáveis por esses problemas. Embora a OUA tivesse um importante papel na luta pela descolonização da África, na luta contra a apartheid e na criação blocos sub-regionais de cooperação econômica e monetária.
Em Julho de 2002 a Organização da Unidade Africana (OUA) foi substituída pela União Africana (UA). Uma organização baseada no modelo da União Européia (embora mantendo os mesmos objetivos e funções da OUA). Seu atual presidente é o Bingu wa Mutharika, o atual presidente de Malawi. A União Africana promove o uso de línguas africanas sempre que é possível em seus trabalhos oficiais, mas suas línguas oficiais são o árabe, o francês, o inglês, o português, o espanhol e o suaíli (uma das línguas oficiais do Quénia, da Tanzânia e de Uganda). A União Africana possui 53 membros, cobrindo quase todo o continente africano exceto Marrocos, que decidiu não participar porque Saara Ocidental foi aceito como membro. Mas a Guiné e Madagáscar foram suspensos depois dos Golpes de Estado de 2008 nestes países, e Níger também foi suspenso depois do Golpe de Estado de 2010.
Seu principal órgão decisório é a Assembléia Geral da União Africana - formada pelos chefes de estado dos países membros, que se reúnem ordinariamente ao menos uma vez por ano. Possui um Conselho Executivo, composto por ministros das relações exteriores dos estados membros, que aconselha a assembléia geral. Da mesma forma, a UA contempla a criação de um banco central regional e tem o ambicioso projeto de criação de uma moeda única para a comunidade o “Afro”, cuja data de sua implementação está marcada para 2023. Estão igualmente previstos para médio prazo a constituição de um Banco de Desenvolvimento Regional e um Tribunal Supranacional de Direitos Humanos. Também a União Africana dispõe-se dos seguintes órgãos: - Comissão da União Africana – o órgão responsável pela execução das decisões da Assembléia; e composto por oito Comissários, cada um responsável por uma área de atividade; - Comitê de Representantes Permanentes da União Africana – responsável pela preparação das sessões do Conselho Executivo; - Comitê de Paz e Segurança da União Africana – estabelecido durante a Cimeira de Lusaka em 2001, tem 15 membros. (2010 foi declarado Ano da Paz e Segurança em África); - Conselho Econômico, Social e Cultural da União Africana – é o órgão consultivo da organização; - Parlamento Pan-africano - o órgão legislativo da União Africana composto por 265 parlamentares, eleitos pelas legislaturas dos 53 estados-membros, A sede do Parlamento Pan-africano é em Midrand, África do Sul; - Tribunal Judicial da União Africana – Ainda não foi estabelecido. (mas é bom lembrar que são as estruturas do poder político e militar em África, que controlam ou manipulam o poder judicial, contrariamente à independência atribuída, como órgão de soberania, pela maioria das Constituições nacionais); - Comitês Técnicos Especializados – formados por um grupo de nível ministerial que estudam problemas em áreas específicas sobre Economia Rural e Agricultura; Assuntos Monetários e Financeiros; sobre Comércio, Alfândegas e Imigração; sobre Indústria, Ciência e Tecnologia, Energia, Recursos naturais e meio ambiente; sobre Transportes, Comunicações e Turismo;sobre Saúde, Trabalho e Assuntos Sociais; e sobre Educação, Cultura e Recursos Humanos; - Instituições Financeiras: Banco Central Africano; Fundo Monetário Africano; e Banco Africano de Investimentos. (estes instituições ainda estão em fase de sua criação).
A Unidade Africana promoveu uma integração regional como forma de desenvolver e integrar as economias de todos os países da África, por isso, foi criado às seguintes organizações regionais:
- CEDEAO - Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental
- CEEAC - Comunidade Econômica dos Estados da África Central
- CEN-SAD - Comunidade dos Estados Sahelo-Saharianos
- COMESA - Mercado Comum da África Oriental e Austral
- EAC - Comunidade da África Oriental
- IGAD - Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento
- SADC - Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral
- UEMOA - União Econômica e Monetária do Oeste Africano - A União Árabe do Magreb. (Como cada bloco é autônomo, uma crise inicial em um pilar não afetará diretamente os outros que sustentam o programa de integração continental).
Os objetivos da União Africana são inúmeros em ralação a promoção da democracia, direitos humanos e especialmente no desenvolvimento da África, além de ajudar nas resoluções pacíficas dos conflitos entre Estados Membros da União; proibição do uso da força ou da ameaça do uso da força entre os Estados Membros; não ingerência de qualquer Estado Membro da União nos assuntos internos de outro.
Mas, a União Africana enfrenta uma série de dificuldades financeiras e estruturais, desde surgimento da OUA. E por outro lado, mesmo existindo guerras civis, fome e tantos outros problemas que assolam este continente, a União Africana poderá desempenhar um papel importante no campo da democratização dos países africanos e servir, complementarmente a integração regional à inserção internacional, à difusão da informação, comércio inter-regional, combate ao narcotráfico e etc.
Tudo indica que o desenvolvimento do continente africano só poderá se realizar quando forem removidas as principais fontes relacionadas à privação de liberdade e avanços, tais como: pobreza, tirania, corrupção, nepotismo, analfabetismo má nutrição, saneamento básico e outros fatores que privam o desenvolvimento sócio-econômico e estrutural. Também os melhores planos de ação poderão colocar a África de volta nos trilhos do crescimento. Embora que os problemas do continente sejam muito mais profundos do que as más políticas e insuficiência financeira, mas é bom lembrar a Europa levou séculos para conseguir se desenvolver, por que deveria a África obtê-lo em algumas décadas, especialmente depois das distorções do colonialismo?
Tem muitos africanos contribuindo para uma África e um mundo justo, uns dos exemplos são estes ganhadores do prémio Nobel da Paz:
- Em 2004 - Wangari Maathai (ativista ambiental do Quênia) "por sua contribuição para o desenvolvimento sustentável, à democracia e à paz"; - Em 2001 - Kofi Annan (ex-secretário geral da ONU) "por seu trabalho por um mundo mais organizado e pacífico"; - Em 1993 - Nelson Mandela e Frederik Willem de Klerk (ambos ex-presidentes da África do Sul) "por seu trabalho no fim pacífico do regime do apartheid e por assentar os fundamentos de uma nova e democrática África do Sul"; - Em 1984 - Desmond Mpilo Tutu (ex-arcebispo anglicano da África do Sul) "por seu papel como figura unificadora na campanha para resolver o apartheid na África do Sul"; - Em 1978 - Mohamed Anwar al-Sadat (ex-presidente egípcio) e Menachem Begin (ex-premiê israelense) pela assinatura de um acordo de paz entre os dois países em 1978; - Em 1960 - Albert John Lutuli (líder negro sul-africano) por sua luta contra o apartheid.
Além destes, tem mais africanos que estão lutando cada dia para o bem-estar do mundo, sem contar que das oito ex-secretários Gerais das Nações Unidas dois são africanos (Boutros Boutros-Ghali de 1992 à 1997 e Kofi Annan de 1997 à 2007).
Mamudo Djanté
sábado, 8 de maio de 2010
Dias das Mães
O que é uma Mãe? o que elas fazem?
R: certamente, ninguém no mundo sabe responder exatamente o que é ser uma mãe! mas com certeza tudo mundo sabe que ser uma mãe, é a coisa mais valiosa do mundo e não tem comparação nenhuma com nada.
R: certamente, ninguém no mundo sabe responder exatamente o que é ser uma mãe! mas com certeza tudo mundo sabe que ser uma mãe, é a coisa mais valiosa do mundo e não tem comparação nenhuma com nada.
Já ouvi muitas histórias sobre os valores que uma mãe representa para um filho, mas, eu acredito que existe muito mais além daquilo que podemos imaginar sobre as nossas mães. Pois, as mães são as únicas que dão um amor verdadeiro; que cuidam com carinho; amam incondicionalmente; compartilham todos os momentos ao lado de um filho e não trocam nada pela paixão e relação que existe entre ela e um Filho. Tudo o que somos hoje (Doutores, Presidentes, Cientistas, Famosos, Jogadores, Engenheiros, Artistas, e Etc), é devido as nossas mães, e só elas podem fazer tudo para nós.
Uma mãe nunca abandona um filho em qualquer situação que esta se encontra, e ainda ela pode trocar tudo por um filho, pode largar o emprego, luxo ou quaquer tipo de ocupação, só para cuidar do filho.
A mãe é que sempre preucupa do bem-estar do filho, doa o seu precioso tempo para e compartilhar tudo o que tem e ensinar o seu filho sobre o que é amar, respeitar e ser solidário com as pessoas.
Uma mãe carrega um filho na barriga durante nove meses, passando por todos os tipos de dificuldades, e depois de esse filho nascer, ela cuida, alimenta, educa e dá tudo de melhor para ele. Uma mãe nunca abandona um filho em situações de doença, pobreza ou casos de necessidades especiais.
Me desculpem, mas eu não posso descrever aqui, todas as qualidades, virtudes e méritos que uma mãe tem. Pois só elas merecem um amor verdadeiro, compaixão e gratidão. A sua mãe pode ser qualquer tipo de pessoa que é, não a abandone, (ela pode ser pobre, doente, feiticeiro, má), mas não a desrespeite, não a desconsidere, não a julge nem a condene pelas coisas que ela não podia fazer pra você. Honre a sua mãe, dá a ela o respeito que ela merece, não deixa ela ficar sozinha e trate-a com os valores mais alto que o mundo dispõe. As mães são acolhedoras, são protetoras, companheiras, amigas e sobre tudo, são mães e etc....
Infelizmente a minha está longe de mim, não tenho como a dar um forte abraço, olhar nos olhos dela e dizer: "MAMÃE EU TE AMO MUITO, e VOCÊ É A RAZÃO DA MINHA VIDA. tudo o que eu sinto, penso, respiro, alimento e enfim, tudo que eu sou, dedico a você". Mas, seja por onde eu estiver, saibas que você é a minha mãe, não troco nada por voê e tenho muito orgulho de ser seu filho, pois eu não sou nada sem você. Porque só você pode fazer tudo para mim, mais ninguém. Agradeço a Deus por ter feito você a minha mãe.
E sei que você reza todos os dias para que Deus me proteja, me abençoa e me faça conseguir os meus objetivos.
Só quem não é mãe é que não sabe o que é dar um amor pra alguém, e só uma mãe entende a dor de um filho. As nossas mães fazem parte das nossas vidas e sempre serão parte dela até o infinito.
Dedico este artigo para todos os mães do mundo,
Viva o dia das mães.
A mãe é tudo igual, seja na África, na Ásia, nas Americas, na Austrália ou no Mèdio Oriente. Elas sempre cuidam dos seus filhos da melhor forma possível, e dividem amor com eles o quanto tiver. As nossas mães não merecem maus tratos, insultos e deboches, e sim merecem tudo o que é de bom que nós somos e conquistamos com orgulho. Ninguém pode substituir amor de uma mãe, isto mesmo que te deêm bilhões de dólares, ou trilhões de Euros, só uma mãe verdadeira pode te dar um amor de verdade com um sentimento verdadeiro, sem falsidade ou hipocracia.
quarta-feira, 5 de maio de 2010
Língua Portuguesa na Guiné-Bissau
Hoje, dia 5 de Maio de 2010 é celebrado o dia da língua portuguesa em todo mundo. Esta data (05 de Maio) foi estabelicido pelo CPLP desde 2005, numa reunião em Luanda, Angola, como o Dia da Cultura Lusófona pelo mundo.
Por isso, gostaria de falar sobre a língua portuguesa na Guiné-Bissau.
E é bom lembrar de que a Guiné foi colonizado pelos portugueses desde 1446, e a partir de 1973, quando obteve sua independência, se tornou Guiné-Bissau e adotou a língua portuguesa como sua língua oficial.
Foi membro da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) desde a sua criação em 17 de Julho de 1996, e do PALOP (Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa) também desde 1996.
Atualmente, com mais de 260 milhões de falantes, podemos ver que a língua portuguesa é a quinta língua mais falada no mundo, a mais falada no hemisfério sul e a terceira mais falada no mundo ocidental.
Mas apesar da Guiné-Bissau ser um país da língua Oficial portuguesa, vê-se que só 12% da sua população fala o português, menos de 15% tem um domínio aceitável e apenas uma pequena percentagem da população guineense tem o português como a língua materna, e a Guiné-Bissau onde se fala menos português em relação aos outros países do PALOP.
Isto deve-se a um grande quatidade de línguas étnicas, a alta taxa de analfabetismo e ao fato da Guiné-Bissau ser um país encravado entre Senegal e a Guiné (Guiné-Conakri), e com uma expressiva imigração dessas comunidades francófonos ao país, por causa da abertura à integração sub-regional e da grande participação destes no comércio guineense. (existe presentemente uma grande tendência de as pessoas utilizarem e aprenderem mais o francês do que o português. Há aqueles que defendem que, atualmente, o francês já é a segunda língua mais falada na Guiné-Bissau, depois do crioulo).
Portanto, podemos chamar a atual situação do ensino da língua portuguesa no ensino primário, secendário e superior da Guiné-Bissau, de preocupante. Por razões históricas, o português nunca foi efectivamente implementado no interior da Guiné-Bissau, onde predominam, até hoje, as línguas étnicas e o crioulo. Embora sendo a língua oficial, a língua do ensino, e também a língua da produção literária, da imprensa escrita, da legislação e administração, o país ainda depara com sérios problemas com a língua portuguesa. Pois na Guiné-Bissau, o português é falado só nas salas de aulas e nas instituições públicas e privadas. Não se falam, não se ouvem, nem em casas nem nas ruas, e só as vezes a elite política e intelectual.
Salienta-se que um dos grandes problemas da língua portuguesa neste país é, não passar da escrita para a oralidade (isto quer dizer que tudo é escrito em português, e só falam em crioulo. ou seja, nada se fala em Potuguês, e, se falar, são em poucas palavras).
Então, as preocupações do ensino do português no ensino guineense, deve-se aos seguintes:
- Um corpo docente com fracas competências ao nível do domínio da língua portuguesa e muitos sem formação superior para leccionar;
- Falta de manuais adequados à especificidade da língua portuguesa na Guiné-Bissau.
- Falta de pessoal qualificado para a docência da língua portuguesa a nível universitário;
- Número excessivo de alunos por turma, que torna bastante difícil a execução de actividades de aperfeiçoamento da língua;
- Insuficiência de salas de aulas e precárias condições de muitas escolas;
- Escassez de material bibliográfico (livros, textos, publicações e laboratórios da internet);
Além destes, existe vários outros fatores que dificultam o avanço e a melhora do ensino do português no ensino guineense, tais como greve dos professores e a própria situação cultural e económica da Guiné-Bissau.
Mas eu ainda creio que esta situação um dia vai se reverter
Por isso, gostaria de falar sobre a língua portuguesa na Guiné-Bissau.
E é bom lembrar de que a Guiné foi colonizado pelos portugueses desde 1446, e a partir de 1973, quando obteve sua independência, se tornou Guiné-Bissau e adotou a língua portuguesa como sua língua oficial.
Foi membro da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) desde a sua criação em 17 de Julho de 1996, e do PALOP (Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa) também desde 1996.
Atualmente, com mais de 260 milhões de falantes, podemos ver que a língua portuguesa é a quinta língua mais falada no mundo, a mais falada no hemisfério sul e a terceira mais falada no mundo ocidental.
Mas apesar da Guiné-Bissau ser um país da língua Oficial portuguesa, vê-se que só 12% da sua população fala o português, menos de 15% tem um domínio aceitável e apenas uma pequena percentagem da população guineense tem o português como a língua materna, e a Guiné-Bissau onde se fala menos português em relação aos outros países do PALOP.
Isto deve-se a um grande quatidade de línguas étnicas, a alta taxa de analfabetismo e ao fato da Guiné-Bissau ser um país encravado entre Senegal e a Guiné (Guiné-Conakri), e com uma expressiva imigração dessas comunidades francófonos ao país, por causa da abertura à integração sub-regional e da grande participação destes no comércio guineense. (existe presentemente uma grande tendência de as pessoas utilizarem e aprenderem mais o francês do que o português. Há aqueles que defendem que, atualmente, o francês já é a segunda língua mais falada na Guiné-Bissau, depois do crioulo).
Portanto, podemos chamar a atual situação do ensino da língua portuguesa no ensino primário, secendário e superior da Guiné-Bissau, de preocupante. Por razões históricas, o português nunca foi efectivamente implementado no interior da Guiné-Bissau, onde predominam, até hoje, as línguas étnicas e o crioulo. Embora sendo a língua oficial, a língua do ensino, e também a língua da produção literária, da imprensa escrita, da legislação e administração, o país ainda depara com sérios problemas com a língua portuguesa. Pois na Guiné-Bissau, o português é falado só nas salas de aulas e nas instituições públicas e privadas. Não se falam, não se ouvem, nem em casas nem nas ruas, e só as vezes a elite política e intelectual.
Salienta-se que um dos grandes problemas da língua portuguesa neste país é, não passar da escrita para a oralidade (isto quer dizer que tudo é escrito em português, e só falam em crioulo. ou seja, nada se fala em Potuguês, e, se falar, são em poucas palavras).
Então, as preocupações do ensino do português no ensino guineense, deve-se aos seguintes:
- Um corpo docente com fracas competências ao nível do domínio da língua portuguesa e muitos sem formação superior para leccionar;
- Falta de manuais adequados à especificidade da língua portuguesa na Guiné-Bissau.
- Falta de pessoal qualificado para a docência da língua portuguesa a nível universitário;
- Número excessivo de alunos por turma, que torna bastante difícil a execução de actividades de aperfeiçoamento da língua;
- Insuficiência de salas de aulas e precárias condições de muitas escolas;
- Escassez de material bibliográfico (livros, textos, publicações e laboratórios da internet);
Além destes, existe vários outros fatores que dificultam o avanço e a melhora do ensino do português no ensino guineense, tais como greve dos professores e a própria situação cultural e económica da Guiné-Bissau.
Mas eu ainda creio que esta situação um dia vai se reverter
terça-feira, 27 de abril de 2010
Instabilidade na Guiné-Bissau
Uma matária publicada por Kamilla R. Rizzi (Doutoranda em Ciência Política na Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS e Pesquisadora Associada no Núcleo de Estratégia e Relações Internacionais (NERINT/UFRGS), no dia 06 de Abril de 2010, relata a história recente da Guiné-Bissau.
Uma história que ajuda a explicar a conjuntura da Guiné-Bissau e sua crise política, económica e institucional continuada.
Lembrando que o país nasceu de uma guerra de libertação contra o domínio português, liderado por Amílcar Lopes Cabral que acabou criando células revolucionárias, dentro do PAIGC - (Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo-Verde). Embora o principal objetivo de Cabral foi bem sucedido (a Independência da Guiné e Cabo-Verde), mas logo após o seu assassinato em 1973, Luís Cabral o sucedeu como líder, para ajudar organizar o país e continuar os sonhos do irmão.
Com o medo para que o poder não caia nas mãos de um exército dominado pelas camadas sociais mais baixas e sem educação, iniciou-se um amplo programa de reconstrução nacional e de desenvolvimento com inspiração socialista (recebendo ajuda de Cuba, União Soviética, China e outros países), tentou transformar a máquina do partido em um canal de informação, estrategia e segurança, depois da indepen dência. Mas a desconfiança ligada à instabilidade já tinha estabelecido no meio do PAICG desde a morte de Amílcar Cabral.
Portanto, João Bernardo Vieira (Nino Vieira/Kabi na N'fantchamna) usou a tal justificativa, para realizar o Golpe Militar de 14 de Novembro de 1980, foi aprovada uma nova constituição em 1984 , suspendendo a constituição de 1973. A partir de então, Nino Vieira centralizou quase todos os poderes na mão dele, e começou a eliminar seus oponentes políticos, o PAIGC tornou-se o único partido do país, as perseguições e torturas aos dissidentes, motivou a fuga de muitas pessoas de para países vizinhos e exterior. Embora ele tenha melhorado o setor da saúde, aumentou a produção agrícola e diversificou a economia, mas a situação econômica do país continuou a ser insuficiente para atender a sua população, e o país continuou a depender da ajuda externa.
A Guiné-Bissau tornou-se uma democracia multipartidária em 1991, com o fim da proibição dos partidos políticos. E em 1994, Nino Vieira se tornou o primeiro Presidente eleito democraticamente da Guiné-Bissau nas primeiras eleições realizadas no país. Mais isso diferenciou o poder entre o presidente da república e o chefe de estado maior do exército, e os militares passaram a controlar e mandar na política do país, sendo privilegiados com amplas mordomias.
Em 1998 o General Ansumane Mané fez um levante militar, que consolidou numa sangrenta guerra político-militar que derrubou o Presidente Vieira, obrigando-o a exilar-se para Lisboa. Desde então, não parou mais os sobressaltos, golpes de Estado e Assassinatos dos políticos e chefias militares.
Em 2000, o General Ansumane Mané foi morto por tropas oficiais do país; em 2003 houve um novo de Estado contra o Presidente Kumba Ialá, eleito democraticamente nas eleições de 2000, liderado pelo General Veríssimo Correia Seabra; em 2004 o General Veríssimo Correia Seabra foi brutalmente assassinado pelos militares, enquanto o país se preparava para novas eleições que seriam realizados em 2005, e passava da segunda transição política após golpe.
A volta de Nino Vieira ao país, em 2005, dividiu o PAIGC em duas alas, e sua candidatura à presidência da república aumentou ainda a tensão no meio dos políticos e militares (pois ele foi admitido a entrar no país por General Tagmé na Wai e Bubu na Tchuto, sem consentimento do governo e autoridades competentes).
Vieira conseguiu mais uma vez vencer as eleições livres de 2005, dissolveu o governo do Carlos Gomes Junior, que este em seguida conseguiu vencer de novo as eleições Legislativas do ano segunite. Portanto Acabou ficando a instabilidade político-instituicional e a desconfiança entre o Presidente, o primeiro-ministro e as chefias militares (um vazio de poderes e narcotráfico inundou o país, que está a beira de ser um Narco-Estado), o que pode ter motivado os assassinatos do General Tagmé na Wai e o Presidente Nino Vieira em 2009. Mas não parou por aí, pois os militares também assassinaram o ex-ministro da Defesa "Helder Proença", ex-ministro de Administração territorial e candidato a presidência, "Bassiro Dabo" sem contar com detenção ilegais de alguns políticos por eles considerados comparsas do Nino Vieira.
O governo nada fez para apurar estes fatos, e o Chefe de Estado da Marinha Bubu na Tchuto foi acusado de tentar golpe contra Vieira, que se refugiou para Gâmbia. Então, neste dia 1º de abril, houve mais uma tentativa de golpe que resultou na curta detenção domiciliar do Primeiro-Ministro Carlos Gomes Júnior e na prisão do Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, Almirante Zamora Induta, por um grupo de militares liderados pelo antigo chefe das Forças Armadas Bubo Na Tchuto (que havia sido retornado ao país e refugiado nas instalações da ONU, onde foi resgatado pelos militares, no mesmo dia.) e o ex-vice e atual Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, Major-General António Indjai.
No entanto, a comunidade internacional, os representantes da CPLP, União Africana, CEDEAO e ONU estão tentando ajudar o país a sair na situação em que se encontra, para consuguir uma normalidade política e estabilidade institucional.
Você pode ler na integra este artigo sobre Guiné-Bissau a través de:
http://mundorama.net/2010/04/06/a-instabilidade-continua-na-guine-bissau-por-kamilla-r-rizzi/
Mamudo Djanté
Uma história que ajuda a explicar a conjuntura da Guiné-Bissau e sua crise política, económica e institucional continuada.
Lembrando que o país nasceu de uma guerra de libertação contra o domínio português, liderado por Amílcar Lopes Cabral que acabou criando células revolucionárias, dentro do PAIGC - (Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo-Verde). Embora o principal objetivo de Cabral foi bem sucedido (a Independência da Guiné e Cabo-Verde), mas logo após o seu assassinato em 1973, Luís Cabral o sucedeu como líder, para ajudar organizar o país e continuar os sonhos do irmão.
Com o medo para que o poder não caia nas mãos de um exército dominado pelas camadas sociais mais baixas e sem educação, iniciou-se um amplo programa de reconstrução nacional e de desenvolvimento com inspiração socialista (recebendo ajuda de Cuba, União Soviética, China e outros países), tentou transformar a máquina do partido em um canal de informação, estrategia e segurança, depois da indepen dência. Mas a desconfiança ligada à instabilidade já tinha estabelecido no meio do PAICG desde a morte de Amílcar Cabral.
Portanto, João Bernardo Vieira (Nino Vieira/Kabi na N'fantchamna) usou a tal justificativa, para realizar o Golpe Militar de 14 de Novembro de 1980, foi aprovada uma nova constituição em 1984 , suspendendo a constituição de 1973. A partir de então, Nino Vieira centralizou quase todos os poderes na mão dele, e começou a eliminar seus oponentes políticos, o PAIGC tornou-se o único partido do país, as perseguições e torturas aos dissidentes, motivou a fuga de muitas pessoas de para países vizinhos e exterior. Embora ele tenha melhorado o setor da saúde, aumentou a produção agrícola e diversificou a economia, mas a situação econômica do país continuou a ser insuficiente para atender a sua população, e o país continuou a depender da ajuda externa.
A Guiné-Bissau tornou-se uma democracia multipartidária em 1991, com o fim da proibição dos partidos políticos. E em 1994, Nino Vieira se tornou o primeiro Presidente eleito democraticamente da Guiné-Bissau nas primeiras eleições realizadas no país. Mais isso diferenciou o poder entre o presidente da república e o chefe de estado maior do exército, e os militares passaram a controlar e mandar na política do país, sendo privilegiados com amplas mordomias.
Em 1998 o General Ansumane Mané fez um levante militar, que consolidou numa sangrenta guerra político-militar que derrubou o Presidente Vieira, obrigando-o a exilar-se para Lisboa. Desde então, não parou mais os sobressaltos, golpes de Estado e Assassinatos dos políticos e chefias militares.
Em 2000, o General Ansumane Mané foi morto por tropas oficiais do país; em 2003 houve um novo de Estado contra o Presidente Kumba Ialá, eleito democraticamente nas eleições de 2000, liderado pelo General Veríssimo Correia Seabra; em 2004 o General Veríssimo Correia Seabra foi brutalmente assassinado pelos militares, enquanto o país se preparava para novas eleições que seriam realizados em 2005, e passava da segunda transição política após golpe.
A volta de Nino Vieira ao país, em 2005, dividiu o PAIGC em duas alas, e sua candidatura à presidência da república aumentou ainda a tensão no meio dos políticos e militares (pois ele foi admitido a entrar no país por General Tagmé na Wai e Bubu na Tchuto, sem consentimento do governo e autoridades competentes).
Vieira conseguiu mais uma vez vencer as eleições livres de 2005, dissolveu o governo do Carlos Gomes Junior, que este em seguida conseguiu vencer de novo as eleições Legislativas do ano segunite. Portanto Acabou ficando a instabilidade político-instituicional e a desconfiança entre o Presidente, o primeiro-ministro e as chefias militares (um vazio de poderes e narcotráfico inundou o país, que está a beira de ser um Narco-Estado), o que pode ter motivado os assassinatos do General Tagmé na Wai e o Presidente Nino Vieira em 2009. Mas não parou por aí, pois os militares também assassinaram o ex-ministro da Defesa "Helder Proença", ex-ministro de Administração territorial e candidato a presidência, "Bassiro Dabo" sem contar com detenção ilegais de alguns políticos por eles considerados comparsas do Nino Vieira.
O governo nada fez para apurar estes fatos, e o Chefe de Estado da Marinha Bubu na Tchuto foi acusado de tentar golpe contra Vieira, que se refugiou para Gâmbia. Então, neste dia 1º de abril, houve mais uma tentativa de golpe que resultou na curta detenção domiciliar do Primeiro-Ministro Carlos Gomes Júnior e na prisão do Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, Almirante Zamora Induta, por um grupo de militares liderados pelo antigo chefe das Forças Armadas Bubo Na Tchuto (que havia sido retornado ao país e refugiado nas instalações da ONU, onde foi resgatado pelos militares, no mesmo dia.) e o ex-vice e atual Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, Major-General António Indjai.
No entanto, a comunidade internacional, os representantes da CPLP, União Africana, CEDEAO e ONU estão tentando ajudar o país a sair na situação em que se encontra, para consuguir uma normalidade política e estabilidade institucional.
Você pode ler na integra este artigo sobre Guiné-Bissau a través de:
http://mundorama.net/2010/04/06/a-instabilidade-continua-na-guine-bissau-por-kamilla-r-rizzi/
Mamudo Djanté
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